Após mais de 27 horas de julgamento realizado em dois dias, o Tribunal do Júri de Vitória, no Espírito Santo, condenou quatro réus pela prática de crimes hediondos na tragédia conhecida como “Chacina da Ilha”. O caso, que aterrorizou a comunidade local, resultou em seis vítimas, quatro das quais foram assassinadas de forma brutal. A soma total das penas é de 592 anos e 9 meses de prisão, e a sentença foi proferida na madrugada desta quarta-feira (16).
Quem são os condenados?
Os réus condenados foram identificados como:
1. Felipe Domingos Lopes – conhecido como “Cara de Boi” ou “Boizão”.
2. Victor Bertholini Fernandes – apelidado de “Vitinho”.
3. Werick Sant’Ana dos Santos da Silva – conhecido como “Mamão”.
4. Adriano Emanoel de Oliveira Tavares – apelidado de “Balinha” ou “Bamba”.
As penas individuais que cada um recebeu foram as seguintes:
– Felipe Domingos Lopes: 178 anos, por quatro homicídios consumados triplamente qualificados, dois homicídios tentados triplamente qualificados, associação armada para o tráfico de drogas e corrupção de menores.
– Victor Bertholini Fernandes: 154 anos e 8 meses, por quatro homicídios consumados triplamente qualificados, dois homicídios tentados triplamente qualificados e associação armada para o tráfico.
– Werick Sant’Ana dos Santos da Silva: 140 anos, 9 meses e 10 dias, por quatro homicídios consumados triplamente qualificados, dois homicídios tentados triplamente qualificados, associação armada para o tráfico de drogas e corrupção de menores.
– Adriano Emanoel de Oliveira Tavares: 119 anos, 4 meses e 6 dias, por quatro homicídios consumados triplamente qualificados, dois homicídios tentados triplamente qualificados, associação armada para o tráfico de drogas e corrupção de menores.

O Julgamento
A votação dos jurados durou aproximadamente quatro horas, durante as quais foram examinados 202 quesitos pelo juiz e pelo Ministério Público. Ao final, a condenação foi unanime, refletindo a gravidade dos crimes cometidos.
O Crime que parou o Espírito Santo
A Chacina da Ilha ocorreu no dia 28 de setembro de 2020, quando seis jovens estavam na Ilha Doutor Américo, no bairro Santo Antônio, no município de Vitória. Quando foram confundidos com membros de uma facção criminosa rival. Três deles foram mortos no local por disparos de arma de fogo, enquanto um quarto jovem faleceu após ser socorrido. Outros dois sobreviveram, mas com ferimentos graves.

A Justiça foi feita
A condenação dos réus representa uma resposta da justiça à violência que afeta os jovens e as comunidades capixabas, além de destacar a necessidade de medidas mais efetivas para combater a criminalidade e proteger os cidadãos.