Moradores da localidade de São Simão, na zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, viveram momentos de tensão na manhã da última quarta-feira (03), após uma detonação de rochas em uma pedreira da região provocar estragos e espalhar medo entre os residentes. O barulho da explosão foi seguido por pedras que atingiram um muro e um poste de energia elétrica, causando danos materiais e deixando uma sensação de que, poderia acontecer novos incidentes.
Momento de tensão
De acordo com relatos, as detonações na pedreira acontecem diariamente, sempre às 11h. No entanto, a mais recente superou as anteriores em intensidade e consequências. O operador de máquina William José dos Santos, morador da região, contou que precisou correr para se proteger. “Tem umas pedras já soltas, dá para ver aqui. Eu estava no quintal por acaso e tive que correr, senão uma dessas pedras podia me acertar. Parecia uma avalanche. Ficou todo mundo doido, nunca aconteceu isso”, relatou em entrevista ao jornal A Gazeta. Nossa equipe teve acesso ao vídeo que mostra o momento exato do ocorrido. Confira o vídeo.
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Situação complicada
A situação mobilizou a Associação de Moradores de São Simão, que já busca providências junto ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Segundo a presidente da entidade, Ana Lucia Delpupo, a comunidade teme que o problema se repita. “Senti a casa tremer na hora, foi assustador. Disseram (a empresa) que não teria como prever que isso poderia acontecer, mas a pedreira já vem fazendo essas explosões há muito tempo e pedras menores já tinham caído. Dessa vez chegou no limite. Aqui tem casas próximas, tem oficina que foi atingida, moradores, e a gente não sabe o que vai acontecer se continuar”, afirmou.
A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim informou, por meio de nota, que, embora o licenciamento das detonações seja de responsabilidade do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), participou da fiscalização da atividade junto ao órgão, acionou a Defesa Civil e pediu providências ao Iema. Como medida de segurança, a operação da pedreira foi interditada.
O MPES confirmou que está acompanhando o caso e acionou tanto a Secretaria de Meio Ambiente do município quanto a Polícia Militar Ambiental para investigação. A empresa responsável pelas detonações, a Minerasul, possui licenciamento ambiental vigente junto ao Iema, que também declarou que irá averiguar o ocorrido, apesar de não ter sido previamente acionado.
A concessionária de energia EDP também se pronunciou, informando que enviará uma equipe ao local para substituir o poste danificado. Um imóvel teve o fornecimento de energia interrompido, mas a empresa garantiu que o serviço será restabelecido após a conclusão dos reparos.
Procurada pela reportagem da A Gazeta, a empresa Minerasul, responsável pela detonação das rochas, também não se pronunciou até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.