Nesta sexta-feira (04), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) efetuou a prisão de um policial militar reformado, de 62 anos, suspeito de cometer estupro de vulnerável contra suas próprias filhas, irmãs gêmeas de 14 anos. A prisão ocorreu na cidade de Barra de São Francisco, após uma investigação iniciada a partir de uma denúncia anônima recebida pelo Conselho Tutelar.
O Início da investigação
A denúncia, que alertou as autoridades sobre os abusos, levou conselheiros a acompanharem a mãe das vítimas até a delegacia, onde um boletim de ocorrência foi registrado. Segundo a delegada adjunta da 14ª Delegacia Regional, Jéssica Bohrer, os abusos teriam iniciado quando as meninas tinham cerca de 11 anos e ocorriam na ausência da mãe. O último relato de abuso teria acontecido apenas uma semana antes do registro da denúncia.
Para garantir a segurança das adolescentes, elas foram inicialmente acolhidas em um abrigo, mas posteriormente foram devolvidas à mãe com a condição de que permanecessem em um local seguro até a prisão do acusado.
Medidas legais e apreensões
Considerando a gravidade das denúncias, a delegada Bohrer solicitou a prisão preventiva do suspeito e um mandado de busca e apreensão em sua residência. Durante a operação, foram encontradas uma carabina calibre .22 com luneta, um revólver calibre .32, mais de 100 munições, além de produtos de conteúdo erótico e dispositivos eletrônicos, como um notebook e pen drives.
Diante da gravidade do relato, as adolescentes foram encaminhadas à Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Colatina, para exames. Elas também passaram por escuta especializada, conforme os protocolos legais.
“Representei pela prisão preventiva e pela busca e apreensão, considerando que o investigado é um policial militar reformado e poderia ter armas e outros materiais que auxiliariam na investigação — e que foram localizados durante o cumprimento da medida”.
afirmou a delegada.

Prisão e consequências
O suspeito se apresentou voluntariamente na delegacia, acompanhado de seus advogados, onde foi informado sobre o mandado judicial e preso preventivamente. Além de ser autuado pela posse ilegal de munições e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, a Corregedoria da Polícia Militar (PMES) foi formalmente comunicada e está acompanhando o caso.
O detido será encaminhado para o Presídio Militar, que está situado no Quartel do Comando-Geral (QCG), em Vitória. A investigação segue em andamento, com todas as medidas necessárias sendo tomadas para garantir a proteção das vítimas e a responsabilização do acusado.
A Polícia Civil reitera seu compromisso em investigar a fundo os casos de violência e garantir que situações como essa sejam tratadas com a seriedade que merecem, assegurando a justiça para as vítimas.