A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) identificou os suspeitos de participarem do ataque a tiros que matou a adolescente Sophia Vial da Silva, de 15 anos, e a manicure Andrezza Conceição, de 31, no bairro Santa Rita, em Vila Velha. O crime, ocorrido no último sábado (09), também deixou feridos um homem e duas crianças de seis e nove anos.
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus, dois adolescentes foram apontados como os autores dos disparos. A corporação também identificou o mandante da ação: um homem conhecido como “Nego Stanley”, apontado como integrante do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e líder de uma área de atuação no bairro Alecrim.
Tiros disparos de forma aleatória
De acordo com as investigações, o ataque foi motivado pela disputa entre facções rivais pelo controle do tráfico de drogas em oito bairros da região. “Os autores chegaram atirando contra as pessoas que estavam no local à procura de um alvo que sequer estava ali. Foram disparos aleatórios, promovidos por criminosos que comandam facções responsáveis por esses ataques”, afirmou Caus.
Clima frenético
A onda de violência tem crescido em diversos bairros do município de Vila Velha, em decorrência da disputa entre facções rivais do tráfico de drogas. Nossa equipe noticiou está reportagem que resultou na morte de uma mulher, além de uma adolescente, um homem ferido a bala e duas crianças baleadas. Nossa reportagem publicou a matéria após o ocorrido. Confira abaixo e relembre os detalhes do caso.
Ataque a tiros mata mulher e adolescente e deixa duas crianças e um homem feridos em Vila Velha
Reforço policial até o fim de agosto
O comandante destacou que, até a captura dos envolvidos, as operações policiais estarão concentradas na região. O trabalho, segundo ele, será integrado entre a PM, a Polícia Civil e a Guarda Municipal, com ações de saturação mantidas até o fim de agosto.
Base móvel e reforço na segurança
Durante entrevista, Caus comentou sobre o pedido das famílias das vítimas para a instalação de uma base fixa da Polícia Militar no bairro. Ele explicou que a corporação estuda, em vez disso, implementar bases móveis para garantir maior dinamismo no combate ao crime.
“Uma base fixa engessa o policiamento em um único ponto. O crime é dinâmico e pode migrar para outros bairros. A base móvel, com policiais em veículos preparados, permite mudar rapidamente de posição e atuar de forma mais eficiente”, justificou.
Suspeitos seguem foragidos
Os dois adolescentes apontados como autores dos disparos ainda não foram apreendidos. A Polícia Militar afirma que as buscas continuarão até a prisão de todos os envolvidos. “Não iremos parar até prendê-los. Nosso trabalho é integrado com a inteligência da Polícia Civil”, reforçou o comandante.
A Polícia Civil não divulgou novos detalhes para não atrapalhar as investigações. Informações que ajudem a localizar os suspeitos podem ser repassadas ao Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.