Um homem de 28 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (14) no bairro Nova Canaã, em Cariacica, durante uma ação conjunta da Polícia Civil e da Guarda Municipal. A prisão foi realizada após o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca domiciliar. O suspeito é investigado por envolvimento na receptação de aparelhos celulares roubados na região.
Produtos sem procedência
Durante a operação, os agentes apreenderam três celulares e um chromebook pertencente ao Governo do Estado do Espírito Santo. O equipamento deveria ter sido devolvido a uma unidade escolar em 2023, mas foi encontrado na posse do suspeito. Segundo a Polícia Civil, ao menos um dos celulares já foi confirmado como produto de roubo ocorrido em julho deste ano, em Cariacica.
De acordo com o delegado Rui Pinheiro, titular do 15º Distrito Policial, o material apreendido não estava diretamente relacionado ao inquérito que motivou a prisão, mas a investigação aponta que o homem atuava como receptador e revendedor dos objetos roubados. “Ele nega ter cometido qualquer roubo, mas confessou que compra os aparelhos de uma única pessoa e depois os revende”, afirmou o delegado.

Preso em flagrante
Diante das evidências, o suspeito foi autuado em flagrante por receptação qualificada, crime previsto no artigo 180 do Código Penal Brasileiro, com agravante por envolver produtos de crime e possibilidade de revenda.
Ainda segundo o delegado, o homem já é investigado por crimes patrimoniais em Cariacica, com destaque para assaltos ocorridos em pontos de ônibus da cidade. “Ele voltou a negar envolvimento direto nos roubos, mas será investigado mais a fundo com base nas novas informações obtidas”, explicou.
Os dispositivos eletrônicos foram encaminhados ao Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) para perícia, onde será possível recuperar dados e rastrear a origem dos aparelhos. O objetivo é identificar outros envolvidos e coibir a comercialização ilegal de produtos roubados.
O suspeito foi levado para o Centro de Triagem do Complexo Penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa, onde permanece à disposição da Justiça.