A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) flagrou, nesta semana, dois casos de furto de energia elétrica no município da Serra. As ações ocorreram na quarta (13) e quinta-feira (14) em estabelecimentos comerciais distintos: uma empresa de reciclagem e uma fábrica de gelo. As operações foram conduzidas pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic) e contaram com o apoio de peritos da Polícia Científica e técnicos da concessionária EDP.
Na quinta-feira (14), a fiscalização ocorreu em uma fábrica de gelo localizada no bairro São Francisco, na região da Grande Jacaraípe. No local, os agentes encontraram uma ligação clandestina de energia elétrica que alimentava três câmaras frias, uma máquina de gelo em escamas com alta capacidade de produção, além de outros equipamentos elétricos essenciais para o funcionamento do estabelecimento.
O responsável, um homem de 48 anos, afirmou que a fábrica estava em funcionamento há apenas oito meses. No entanto, os investigadores localizaram publicações online relacionadas ao negócio datadas de janeiro de 2021, o que contradiz a versão apresentada. O homem foi encaminhado à sede do Deic, autuado em flagrante por furto de energia elétrica — conforme previsto no artigo 155, Parágrafo 3º do Código Penal — e liberado após pagamento de fiança.
Já na quarta-feira (13), a equipe identificou uma ligação trifásica irregular em uma empresa de reciclagem e venda de sucatas localizada no bairro Parque das Gaivotas. Segundo a polícia, o imóvel abriga duas empresas, sendo que uma delas estava utilizando energia elétrica sem medição, fora dos padrões técnicos exigidos pela concessionária. O fornecimento ilegal abastecia o escritório e o alojamento da empresa.
O responsável legal pela empresa não estava no local no momento da fiscalização. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as responsabilidades.
De acordo com a EDP, além da responsabilização criminal, os envolvidos também terão que pagar pelos valores referentes à energia consumida e não faturada, conforme prevê a Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), além dos custos administrativos decorrentes da fraude.
A concessionária reforça que o furto de energia representa não apenas um crime, mas também um risco à segurança da população, podendo causar curtos-circuitos, incêndios e acidentes com vítimas.