Mais de 200 garrafas de bebidas alcoólicas com indícios de adulteração foram apreendidas pela Polícia Civil durante uma operação realizada em 17 estabelecimentos comerciais em todo o Estado. A ação aconteceu na última quinta-feira (02), terça-feira (07) e quarta-feira (08) e foi motivada pelos recentes casos de intoxicação por metanol registrados em outras regiões do País.
Apesar da preocupação, não há casos confirmados de intoxicação por metanol no Espírito Santo até o momento.
Polícia Civil divulga imagens
As bebidas apreendidas — principalmente uísques e gins — apresentavam suspeitas de adulteração, como rótulos falsos sobrepostos aos originais, lacres violados e ausência de documentação fiscal. Todo o material será encaminhado à Polícia Científica, que vai realizar uma perícia para identificar possíveis substâncias nocivas à saúde presentes nas amostras. Nossa equipe teve acesso ao vídeo que mostra o momento exato do ocorrido. Confira o vídeo.
Vídeo Instagram ES na Fita:
Próximos procedimentos
Segundo o deputado Vandinho Leite, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa (Ales), além de investigar a presença de metanol, será avaliada a existência de outras substâncias potencialmente perigosas. “O foco principal é avaliar a questão do metanol, mas também outras possíveis adulterações que possam prejudicar os consumidores”, afirmou.
A diretora-geral do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, explicou como identificar algumas falsificações.
“O tipo do papel do rótulo é diferente, a cola utilizada também. A textura do selo não é igual ao original. À distância, até pode parecer autêntico, mas é um selo falsificado com aparência semelhante ao papel moeda”.
explicou.
Falsificação de bebidas
De acordo com o delegado Eduardo Passamani, titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), a adulteração das bebidas era feita com a reutilização de garrafas originais, que eram lavadas e depois preenchidas com bebidas de qualidade inferior. “Acreditamos que essas bebidas não estejam contaminadas com metanol, mas sim com produtos de baixo custo e sem controle sanitário. Mesmo assim, há risco à saúde”, alertou.
Operação em conjunto
A operação foi realizada em conjunto com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Ales, com foco na prevenção de crimes contra a saúde pública e a segurança do consumidor.
A Polícia Científica agora dará prosseguimento às análises, e os estabelecimentos que comercializavam as bebidas irregulares poderão ser responsabilizados.