Na manhã desta quarta-feira (14), o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), em parceria com as polícias militares dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, iniciou a “Operação Todo Mundo em Pânico”. Esta ação resultou na detenção de seis pessoas e na apreensão de oito celulares, com a finalidade de desmantelar as atividades da organização criminosa conhecida como Primeiro Comando de Vitória (PCV).
Forças de segurança nas ruas
A operação foi realizada em regiões da Serra, na Grande Vitória (ES), e em Belo Horizonte (MG), onde foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão, todos emitidos pela 4ª Vara Criminal da Serra. As investigações, lideradas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelaram a estrutura organizada do PCV, que se destaca especialmente no tráfico de drogas na área.

Criminosos lideram facções mesmo presos
Um aspecto crítico identificado nas investigações foi a capacidade dos líderes da facção de continuarem a comandar ações criminosas, mesmo estando atrás das grades. O MPES relatou que esses líderes utilizavam familiares e advogados como intermediários para enviar instruções aos membros da facção que permanecem em liberdade, os quais desempenham funções específicas dentro da organização.
Parceria conjunta
A operação contou com a participação de várias unidades de segurança, incluindo o Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, a 14ª Companhia Independente e o 6º Batalhão da PMES, além de promotores do Gaeco de Minas Gerais e policiais militares mineiros. Essa ação representa um avanço significativo no combate ao crime organizado no estado, ressaltando o empenho das autoridades em desmantelar redes criminosas e restaurar a ordem pública.

Investigação das autoridades
As medidas investigativas implementadas resultaram na obtenção de provas de que líderes criminosos, atualmente encarcerados, continuam a emitir ordens a partir das unidades prisionais, por meio de mensagens enviadas por familiares e advogados. Essas determinações são repassadas e executadas pelos membros da organização criminosa que estão em liberdade, cada um atuando de acordo com sua função.
A operação destaca a determinação das forças de segurança em coibir atividades ilícitas e a relevância da colaboração entre diferentes estados na luta contra o crime organizado.