Uma jovem de 19 anos foi resgatada após passar quatro dias mantida em cárcere privado pelo companheiro, em uma residência no bairro Castelo Branco, no município de Cariacica. O caso foi descoberto na última sexta-feira (10) depois que um motorista de aplicativo acionou a Guarda Municipal de Cariacica ao ser informado pela mãe da vítima sobre a situação.
Pedido de socorro e ação rápida da Guarda
De acordo com o guarda Gabriel Silva, a equipe fazia patrulhamento preventivo na região quando foi abordada pelo motorista.
“Ele contou que a cliente havia dito que a filha estava sendo mantida em cárcere privado. Em seguida, fomos verificar o que estava acontecendo”.
relatou o agente.
Segundo a guarda Ayla Molina, a jovem conseguiu quebrar o cadeado e pedir ajuda à dona da casa onde estava presa. A mulher acolheu a vítima até a chegada da viatura. O agressor, de 22 anos, estava de motocicleta, rondando o imóvel para impedir que ela fugisse.
Suspeito fugiu ao perceber abordagem
Ao notar a aproximação das viaturas, o suspeito fugiu de moto. Usuário de drogas, ele chegou a ser visto consumindo entorpecentes no momento da ação, mas ainda não foi localizado. A jovem foi acolhida pela Patrulha de Atendimento à Mulher e encaminhada para a delegacia.
Histórico de violência
A guarda Maria Beatriz, responsável pelo atendimento, afirmou que a vítima relatou ter sofrido agressões constantes ao longo de um ano de relacionamento.
“As agressões começaram com puxões de cabelo e apertos de braço, mas evoluíram. Recentemente, ele deu oito facadas nela, já bateu com mangueira de lava-jato e provocou seis acidentes de carro com a intenção de matá-la”.
relatou.
Além das agressões, a jovem contou que já possuía medida protetiva contra o agressor e estava se preparando para mudar de estado na tentativa de se proteger.
Patrulha da Mulher reforça importância da denúncia
A Patrulha da Mulher, que está há cerca de um mês no município, atua no acolhimento e proteção de vítimas de violência doméstica. A Guarda Municipal reforçou o pedido para que mulheres em situação de risco denunciem.
“Temos uma equipe capacitada, pronta para atender. Elas podem entrar em contato por telefone, WhatsApp ou vir até a base. O importante é romper o ciclo da violência”.
destacou Maria Beatriz.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. O suspeito ainda não foi preso.