Um caso chocante de possível violência doméstica resultou na morte da pequena Ágatha Ester Santos Barbosa, de apenas 1 ano e 6 meses, na noite deste último sábado (10), no município de Vila Velha. A mãe da criança, Paula Nazarett dos Santos Barbosa, de 31 anos, e o padrasto, José Wilson Guimarães Júnior, de 38 anos, foram presos em flagrante sob suspeita de envolvimento na morte da bebê, que apresentava sinais de agressões.
A criança foi levada já sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, por José Wilson, que alegou que a menina estaria passando mal em decorrência de uma infecção. No entanto, o corpo da bebê apresentava hematomas, especialmente na região do tórax, e outras marcas que levantaram suspeitas imediatas.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) descartou a possibilidade de morte natural ou acidental. O médico legista apontou que os ferimentos eram incompatíveis com queda e sugeriam fortes indícios de violência provocada por terceiros.
“Lesões graves e incompatíveis com causas naturais foram observadas, especialmente no tórax da vítima”, afirma o relatório da perícia.
Prisão em flagrante
Após o comunicado do legista, equipes da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) iniciaram a busca pelos responsáveis, levando à prisão de Paula Nazarett e José Wilson. Ambos foram autuados por homicídio qualificado com emprego de meio cruel e contra vítima menor de 14 anos.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que os dois suspeitos já foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.
A Polícia Civil também revelou que José Wilson possui histórico de violência doméstica e responde a processos com base na Lei Maria da Penha, o que agrava ainda mais a situação.
Investigação em andamento
O caso está sendo investigado pela DHPM, que agora busca compreender a dinâmica da morte da criança, além de possíveis antecedentes de maus-tratos. Os vizinhos da família devem ser ouvidos nos próximos dias para tentar esclarecer se houve sinais anteriores de violência.
Repercussão
O caso causou comoção entre moradores do bairro e reacendeu o debate sobre a violência doméstica e a vulnerabilidade de crianças em ambientes familiares inseguros. Especialistas reforçam a importância de denunciar sinais de maus-tratos e de fortalecer redes de proteção à infância.
O corpo de Ágatha foi encaminhado ao IML para realização de exame cadavérico completo, que deverá confirmar a causa da morte.