O motorista Wenderson Fagundes de Melo Oliveira foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão inicialmente em regime fechado pelo atropelamento que resultou na morte da menina Laura Beatriz da Vitória Fantoni, de apenas 5 anos, em frente ao Pronto Atendimento (PA) da Glória, em Vila Velha. O crime ocorreu na noite de 21 de agosto de 2024 e o julgamento aconteceu nesta segunda-feira (06), no Fórum da cidade.
Wenderson foi considerado culpado pelo crime de homicídio qualificado, com agravante de a vítima ser menor de 14 anos. Ele também foi condenado por fuga do local do acidente sem prestar socorro.
Mãe perdoa o réu
Durante o julgamento, a mãe da menina, Maria Núbia Borges da Vitória, que também foi atropelada e sofreu diversos ferimentos, surpreendeu a todos ao declarar que perdoa o motorista.
Apesar disso, Wenderson foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio qualificado contra Maria Núbia. A mulher chegou a ficar em estado grave após o acidente, mas sobreviveu.
Relembre o caso que chocou o Espírito Santo
Na noite de 21 de agosto de 2024, Maria Núbia e sua filha Laura haviam acabado de sair do PA da Glória e atravessavam a faixa de pedestres quando foram violentamente atingidas pelo veículo conduzido por Wenderson.
A mãe carregava a filha no colo no momento do atropelamento. O impacto foi tão forte que ambas foram arremessadas a cerca de cinco metros de distância.
Laura foi socorrida em estado grave e ficou internada no Hospital Infantil de Vitória, mas não resistiu aos ferimentos. A mãe sobreviveu, mas precisou de longo tratamento médico devido às fraturas múltiplas.


Fuga e prisão
Logo após o atropelamento, Wenderson fugiu do local sem prestar qualquer tipo de socorro. Ele só foi preso quatro dias depois, durante uma blitz da Guarda Municipal de Vitória, no bairro Jardim da Penha, na capital.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito e concluído em 1º de outubro de 2024. Desde 27 de agosto, o réu encontra-se preso no Centro de Detenção Provisória de Viana.

Justiça e comoção
A condenação de Wenderson trouxe um sentimento misto de justiça e emoção para familiares, amigos e moradores da região. O perdão concedido pela mãe da vítima emocionou os presentes e repercutiu fortemente nas redes sociais.
Apesar da sentença, a dor da perda ainda é uma ferida aberta. O caso acende novamente o alerta sobre a responsabilidade no trânsito e as consequências irreversíveis de atitudes imprudentes ao volante.