O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta quarta-feira (30) três operações simultâneas para apurar a participação de policiais militares em um amplo esquema criminoso. As ações, batizadas de Operações Argos, Íris e Lúmen, ocorreram de forma coordenada nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, na Grande Vitória.
Ao todo, 22 pessoas são investigadas, sendo 15 policiais militares e sete pessoas físicas. Até o momento, seis pessoas foram presas preventivamente. Além disso, foram cumpridos:
- 8 mandados de menagem (medida cautelar restritiva de liberdade),
- 31 mandados de busca e apreensão,
- 15 mandados de afastamento cautelar da função pública,
- Medidas de indisponibilidade de bens e outras determinações correlatas.
As investigações, conduzidas sob sigilo judicial, apontam indícios da prática de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e agiotagem envolvendo agentes públicos.
A casa caiu
Segundo o MPES, os policiais investigados são suspeitos de receber propina para proteger e favorecer facções criminosas violentas, além de comercializar drogas desviadas de apreensões e ocultar os lucros ilícitos por meio de terceiros.
Os mandados foram autorizados pelos juízos da Auditoria Militar e da 2ª Vara Criminal de Vitória. As ações contaram com a participação de 10 Promotores de Justiça e cerca de 120 policiais militares vinculados à Corregedoria da PM e à Assessoria Militar do MPES.

Ocorrência em andamento
O MPES reforçou que as investigações estão em andamento e novas medidas poderão ser tomadas para garantir a responsabilização de todos os envolvidos. Mais informações não foram divulgadas devido ao sigilo judicial.