O Tribunal do Júri condenou Eleni Martins Gonçalves, de 60 anos, a 31 anos de prisão pelo assassinato brutal do próprio marido, Sebastião Lopes de Jesus, de 73 anos. O crime, que aconteceu em abril de 2023, em Vila Pavão, no Noroeste do Espírito Santo, teve repercussão estadual pela crueldade e pelos detalhes revelados durante a investigação. Denilton Ferreira de Oliveira, apontado como amante de Eleni, também foi condenado a 31 anos e quatro meses de reclusão. Já Roberto Pereira Lage, dono de uma funerária e outro envolvido no crime, foi condenado por ocultação de cadáver, com pena convertida em prestação pecuniária.
De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Eleni planejou o assassinato do marido com a ajuda de seus dois amantes. Após a morte de Sebastião, Denilton adquiriu soda cáustica e produtos químicos para tentar dissolver o corpo. Eleni e Roberto transportaram partes do cadáver em sacos plásticos e os lançaram de uma ponte sobre o Rio Doce, no município de Colatina.
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Investigação e descoberta do crime
O caso começou a ser desvendado no dia 27 de abril de 2023, após uma denúncia anônima sobre movimentações suspeitas na residência do casal. Vizinhos relataram à Polícia Militar um forte cheiro vindo do imóvel e a presença de um carro funerário no local. Segundo os relatos, sacolas plásticas e uma mala foram vistas sendo colocadas no veículo por Eleni.
Com autorização da suspeita, os policiais entraram na casa e encontraram manchas de sangue, sinais de limpeza recente com água sanitária e roupas ensanguentadas. Também foram encontrados vestígios no carro da mulher. No porta-malas do veículo, estavam bolsas com partes do corpo de Sebastião.
Segundo testemunhas, após deixar o veículo abandonado na saída de Vila Pavão, Eleni e Roberto seguiram em outro carro até Colatina, onde descartaram os restos mortais no rio.
Mulher come lanche e transa com amante após o crime
Durante a audiência de custódia, Eleni teria confessado o crime e relatado que, após matar o marido, comeu um lanche e teve relações sexuais com Denilton. O depoimento, registrado no termo da audiência, reforçou a crueldade do assassinato e a frieza da autora.
Além das provas materiais, os depoimentos de vizinhos e de policiais foram fundamentais para a condenação dos três envolvidos. Eleni e Denilton responderam por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, enquanto Roberto foi condenado apenas por ocultação, recebendo pena alternativa devido à pena inferior a quatro anos.
Julgamento e condenações
O júri popular acolheu integralmente as denúncias do MPES, e os três réus foram condenados. Eleni Martins Gonçalves e Denilton Ferreira de Oliveira seguirão presos. Roberto Pereira Lage, por ter recebido pena menor, cumprirá a sentença em liberdade mediante pagamento de multa e outras condições estabelecidas pela Justiça.
O crime brutal chocou a população capixaba e evidenciou a complexidade e crueldade do caso. A Promotoria de Justiça de Nova Venécia, responsável pela acusação, afirmou que o julgamento representou um passo importante para a responsabilização dos envolvidos e para a resposta à sociedade diante de tamanha brutalidade.