Com balões e roupas brancas, carregando fotos e cartazes com pedidos de justiça, moradores, familiares e amigos das vítimas do ataque a tiros na Grande Santa Rita, em Vila Velha, realizaram um protesto na noite desta última quarta-feira (13) em frente à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O ato aconteceu após o assassinato da estudante Sophia Vial, de 15 anos, e da manicure Andressa Conceição, de 31 anos, durante um ataque criminoso no último sábado (09).
Imagens registradas
O protesto foi pacífico e emocionado. Manifestantes chegaram a fechar parte da via por alguns momentos antes de seguirem em caminhada até a sede da DHPP. Vídeos compartilhados em grupos da comunidade registraram a mobilização, que pedia justiça e mais segurança para a região. Nossa equipe teve acesso ao vídeo que mostra o momento exato do ocorrido. Confira o vídeo.
Vídeo Instagram ES na Fita:
Inocentes vítimas da guerra
Segundo testemunhas, as vítimas foram atingidas por balas perdidas durante um confronto entre traficantes. Além das duas mortes, duas crianças de 6 e 9 anos foram baleadas e seguem hospitalizadas. Nenhuma das vítimas tinha envolvimento com atividades criminosas. Nossa reportagem publicou a matéria após o ocorrido. Confira abaixo e relembre os detalhes do caso.
Ataque a tiros mata mulher e adolescente e deixa duas crianças e um homem feridos em Vila Velha
Comunidade pede paz
O principal pedido dos manifestantes é a instalação de uma base fixa da Polícia Militar na região, especialmente na área conhecida como “Faixa de Gaza”, que abrange os bairros de Santa Rita e 13 de Maio. Os moradores denunciam o crescimento da violência na Região 3 de Vila Velha, cenário de constantes confrontos entre facções criminosas rivais.
Comunidade nas ruas
Na noite desta quinta-feira (14), moradores realizaram um outro protesto pacífico na Praça de Santa Rita. Eles querem paz e justiça pela vida de todos os inocentes.

Guerra do tráfico
A escalada de violência tem sido provocada pela disputa entre o Primeiro Comando de Vitória (PCV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, as quadrilhas chegaram ao ponto de disputar território rua por rua, colocando em risco a vida de moradores inocentes.
Investigações em andamento
A Polícia Civil investiga o caso e busca prender todos criminosos da região. Informações que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.
Enquanto aguardam respostas e medidas efetivas, os moradores continuam convivendo com o medo e a insegurança. “Hoje foram elas, amanhã pode ser qualquer um de nós”, desabafou uma moradora durante o protesto.