Uma briga entre presos no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha (CDPVV), no Complexo Penitenciário de Xuri, terminou em morte na noite da última sexta-feira (31). De acordo com a Secretaria da Justiça (Sejus), o detento Moisés Tavares Pereira morreu após ser estrangulado por outro interno durante o conflito.
Suspeito autuado em flagrante
Moisés estava preso desde setembro de 2016, cumprindo pena pelo crime de dano (artigo 163 do Código Penal). O suspeito do assassinato foi identificado como Daniel Fernandes de Souza, de 29 anos, que foi autuado em flagrante por homicídio qualificado cometido por motivo torpe, segundo a Polícia Civil.
Situação complicada
A motivação do crime ainda não foi divulgada pelas autoridades, que também não informaram se os dois detentos já haviam se desentendido anteriormente nem por qual crime Daniel estava detido. Após o flagrante, o suspeito foi conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha e posteriormente reencaminhado ao sistema prisional, sem detalhes sobre a unidade de destino.
O corpo de Moisés foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória para necropsia e liberado para os familiares. A Sejus informou que o caso foi comunicado às autoridades judiciais competentes e que a Polícia Civil dará continuidade às investigações.
Duas mortes em unidades prisionais no mesmo dia
No mesmo dia, duas mortes foram registradas em unidades prisionais do Espírito Santo.
Moisés Tavares Pereira foi assassinado no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha. Já em Aracruz, Valdeci Crosser, de 48 anos, foi agredido dentro da cela e não resistiu aos ferimentos, morrendo no Centro de Detenção Provisória de Aracruz.
Nossa equipe publicou uma reportagem completa sobre o caso; confira abaixo.
Detento é encontrado morto dentro de unidade prisional de Aracruz
Superlotação e medidas do governo
Em nota, a Secretaria da Justiça (Sejus) reconheceu que a superlotação prisional é um problema nacional, mas afirmou que o Espírito Santo mantém o controle e a segurança de suas unidades.
A pasta destacou que o governo estadual tem investido em tecnologia, inteligência, ampliação de vagas e recomposição do efetivo da Polícia Penal, reforçando que casos pontuais de violência não estão relacionados à falta de servidores.
